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O nosso mundo em Notícias #25


Guardar a memória numa proveta
Cientistas americanos da Universidade de Case Western Reserve conseguiram manter padrões sustentados de actividade em tecidos cerebrais mantidos in vitro, ou seja, em laboratório. A descoberta tem implicações no estudo da memória e, provavelmente, no combate à epilepsia e à doença de Alzheimer. No entanto, a experiência também evoca histórias da imaginação (geralmente distopias) sobre a separação entre cérebros e corpos ou ideias especulativas sobre a consciência humana.
A equipa, liderada por Ben Strowbridge, estava a estudar um certo tipo de neurónios, as células Mossy, que existem no Hipocampo, zona na base interior do cérebro geralmente associada à memória. Estas células (no caso, retiradas a ratos) conseguem manter-se activas em lâminas de tecidos cerebrais e estão danificadas em doentes com epilepsia.
Quando nestes tecidos foram colocados eléctrodos, a actividade espontânea das células mostrou que estas se lembravam de qual dos eléctrodos tinha sido usado anteriormente. Segundo os cientistas, as memórias duravam dez segundos, o mesmo que as memórias de curto prazo nos humanos.
Segundo Stowbridge, "a memória não era evidente numa única célula, mas numa população de células". O cientista explicou que, tal como acontece com as pessoas, as memórias criadas em fatias de tecido cerebral tinham sido armazenadas em diferentes neurónios". A complexidade da investigação exigiu quatro anos de trabalho e a base desta descoberta foi um estudo anterior, publicado em 2007 pela mesma equipa, que elucidou a importância de um tipo raro de neurónio, as células semilunares.
Esta investigação diz respeito apenas a um dos diferentes tipos de memória, aquilo a que os neurocientistas chamam a memória de trabalho, que geralmente dura dez segundos. há dois outros tipos: uma que permite acumular factos (declarativa) e outra que se concentra nos processos (aprendizagem mais complexa). Nestes casos, a lembrança pode durar toda a vida.
Reflexão:
Como é dito na notícia, isto pode ser uma nova esperança para certas doenças que envolvem a memória. É um grande passo na investigação numa zona tão pouco conhecida, como é o cérebro. 

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