Descobrir o nosso Mundo *

O nosso mundo em Notícias #28


Fenómeno «geológico» da gelatina
Uma boa alimentação também pode ser educativa e não apenas nutricional. Já todos vimos esculturas de fruta ou maquetes de massa e sementes. No entanto, a Geologia também pode cruzar-se com a gelatina e explicarem-se uma à outra.  
A Associação Geoparque Arouca (AGA) apresenta o livro infantil «Mãos na Terra da Gelatina», que integra de forma lúdica e pedagógica os programas educativos da estrutura – apresentado ao público no próximo sábado, pelas 14h30, no Hotel Rural Quinta de Novais. 
A publicação começa com a história da Dona Terra e a sua relação com o Geopark. Segundo Vera Magalhães, da AGA, disse ao «Ciência Hoje», “o livro incute práticas de uma alimentação saudável e transmite conceitos de Geologia, ao mesmo tempo, de forma a explicar a formação de determinados fenómenos”.                
Por exemplo, a solidificação do magma, no interior da Terra, processa-se de forma semelhante ao da gelatina (embora mais lentamente), ou seja, trata-se de um corpo líquido que solidifica com a associação de determinados componentes. No caso da gelatina, as receitas abordadas no livro levam iogurte para a tornar mais compacta.
Ainda outros ingredientes fazem alusão a fenómenos geológicos. As pedras graníticas são constituídas por três propriedades: o quartzo (incolor) – a receita integra passas brancas – o feldspato (branco) – simulado com pinhões – e a moscovite (mica branca) ou biotite (mica preta) – e para representar esta última (nódulos de biotite) são utilizadas amêndoas de casca escura.
Reflexão:
A geologia é uma área ainda pouco estudada e conhecida! É importante incentivar as crianças a gostarem desta ciência que tem como objectivo principal a descoberta do planeta onde vivemos. Esta iniciativa é muito interessante, na medida em que concilia dois temas muito actuais.

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O nosso mundo em Seres Vivos #5


Crocodilo-Anão


Nome científico: Osteolaemus tetraspis

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Família: Crocodylidae
Género: Osteolaemus
Espécie: O. tetraspis

Outros nomes
Crocodilo-pigmeu-africano

Distribuição:
Este pequeno crocodilo pode ser encontrado um pouco pelo Centro Oeste africano, em rios, pântanos, lagos ou zona apenas húmidas, beneficiando da floresta densa para manter o seu corpo à temperatura ideal.

Alimentação
A base da alimentação destes animais são os peixes, aves, pequenos mamíferos, sapos e crustáceos.

Estado de conservação
Apesar de estar em declínio acentuado em algumas zonas, pela interferência que o Homem tem tido em alguns locais das regiões tropicais, sabe-se que em termos globais existem bons e saudáveis grupos destes animais. Como não é possível fazer um levantamento exacto, o seu estado de conservação é considerado vulnerável.

Reprodução
A progenitora costuma colocar entre 10 e 20 ovos, que demoram em média 90 e 110 dias a incubar, num ninho que previamente fez e que pode vigiar e proteger dos predadores.

Tamanho
Os animais desta espécie costumam ter cerca de 1,5 metros, embora ocasionalmente se possam encontrar alguns um pouco maiores, dependendo da idade e da abundância de alimento.

Longevidade
Estimada em mais de 40 anos

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ás voltas com as Aulas #31


Para contrariar a tendência erosiva do mar, o Homem tem procurado proteger o litoral, recorrendo a obras de engenharia pesada que, além de serem muito dispendiosas, não resistem mais do que cinco anos sem necessitarem de reparação.
A eficácia destas obras é muito discutível. Na verdade, tanto os esporões como os molhes — estes associados a portos —, ambos perpendiculares à costa, resolvem localmente os problemas, mas transferem-nos para outros locais, porque, embora sejam obstáculos face às investidas do mar, acabam por reter sedimentos que, assim, deixam de ser depositados a jusante. Esta situação tem levado à construção em série de tais estruturas, com o objectivo de garantir a protecção de troços da costa que ficaram ameaçados por intervenções mal feitas.


Reflexão:
Como cheguei ao fim da exposição do tema "As zonas costeiras" considero por bem realizar uma reflexão acerca dos pontos mais importantes a reter. Então, as zonas litorais constituem um valioso recurso natural, insubstituível e não-renovável, do qual o Homem obtém, por exemplo, alimentos e recursos minerais, para além de serem importantes locais de lazer e turismo. No entanto, estas zonas não são estáticas, mas muito dinâmicas. O litoral evolui, algumas formas modificam-se, mudam de posição, e outras aparecem e desaparecem. Actualmente, a dinâmica da faixa litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos naturais e antrópicos. O bom ordenamento do território é fundamental para que seja possível continuar a usufruir da nossa zona costeira!

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ás voltas com as Aulas #30


Problemas nas Zonas Costeiras


 
Entre as diversas razões para a erosão da costa e o seu consequente recuo está a subida do nível do mar. Essa subida é actualmente generalizada, relacionando-se com o aquecimento global. Em jeito de curiosidade, uma subida de 1,5 metros do nível médio das águas dos mares provocaria uma catastrófica inundação das regiões costeiras baixas, onde a densidade populacional é muito elevada. Cidades como Londres ou Nova Iorque seriam gravemente afectadas, bem como alguns países, entre os quais os Países Baixos. A República das Maldivas, formada por quase 1200 ilhas, onde a altitude máxima é de, apenas, 2 metros, ficaria submersa.
O Homem tem contribuído, com a sua acção descuidada, para acelerar os fenómenos de erosão costeira. Desde logo, admite-se que possa contribuir para o aquecimento global, ao criar um efeito de estufa provocado pela poluição atmosférica.
Além disso, povoa excessivamente o litoral, onde concentra grande parte da sua actividade. Em Portugal, por exemplo, cerca de três quartos da população vive na faixa costeira. Aqui, o desrespeito pelas regras básicas do ordenamento do território é particularmente notado, encontrando-se muitas construções em plenos sistemas de dunas ou sobre arribas em erosão, desnecessariamente expostas aos riscos geológicos.

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ás voltas com as Aulas #29


Zonas Costeiras
Além das potencialidades, as zonas costeiras impõem restrições e riscos às populações e infra-estruturas litorais.
A.STRAHLER (1918-2002)
O mar é um importante interveniente no ciclo das rochas, quer através da sua acção destrutiva sobre a costa, abrasão, quer através do transporte e da deposição de sedimentos. Daqui resultam algumas formas características, tanto de erosão, como de sedimentação, de que são exemplo muito representativo, respectivamente, as plataformas de abrasão marinha, talhadas no substrato rochoso, aplanadas devido à energia das ondas, e levemente inclinadas para o lado do mar, e as praias, formadas pela acumulação de areias e/ou de sedimentos mais grosseiros.



As plataformas de abrasão marinha estão associadas ao litoral rochoso, caracterizado por falésias ou arribas, contrastando com o litoral arenoso, mais baixo e menos resistente às investidas do mar.
 

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ás voltas com as Aulas #28


Causas das cheias
As cheias devem-se, na maior parte dos casos, a causas climáticas, mais concretamente, à precipitação elevada, o que pode corresponder a chuvas muito intensas, numa pequena bacia hidrográfica, ou a chuvas contínuas e prolongadas (semanas a meses), ainda que pouco intensas, afectando vastas áreas.
Embora as causas climáticas estejam na origem da maioria das cheias, as características das bacias hidrográficas e a própria acção humana também condicionam a ocorrência de cheias. Sempre que essas variáveis favorecem a escorrência superficial das águas, ou seja, contrariam a infiltração, os riscos de cheia aumentam.



 
O Homem interfere sobretudo:
na rede hidrográfica, através de obras de engenharia, das quais se destacam as barragens;
nos solos, impermeabilizando-os, à medida que aumentam as áreas construídas;
na vegetação, dificultando a infiltração da água, sempre que reduz a cobertura vegetal.

Reflexão:
Ao terminar este tema das cheias, considero importante fazer uma pequena reflexão acerca dele. A principal razão para o agravamento dos efeitos das cheias é a ocupação humana das áreas inundáveis, que continua a fazer-se de uma maneira absolutamente imprudente. Em muitos casos, as pessoas ignoram ou desvalorizam o risco de cheia, dado o grande intervalo de tempo que medeia entre duas cheias consecutivas. Por outro lado, os habitantes das zonas atingidas tendem a permanecer nos mesmos locais, chegando a ser compensados com os apoios económicos dos governos, igualmente responsáveis, por permitirem a construção em áreas de risco. Está visto que o Homem insiste, persiste mas nunca desiste. Certamente que chegará uma altura em que será necessário tomar consciência dos problemas que atravessamos por culpa nossa.

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ás voltas com as Aulas #27

Cheias


As cheias são fenómenos extremos devidos à dinâmica fluvial. Diz-se que há uma cheia sempre que um rio transborda em relação ao seu leito normal. Esse transbordo origina, por sua vez, a inundação dos terrenos nas margens do rio. Não são, portanto, sinónimos os termos «cheia» e «inundação»; todas as cheias provocam inundações, mas nem todas as inundações são causadas por cheias. Um tsunami, por exemplo, pode criar a inundação de uma zona costeira e, nesse caso, sem relação com uma cheia.
Conforme a morfologia do vale, assim a inundação se manifesta em altura ou em extensão. Se o vale for estreito, o nível das águas pode subir dezenas de metros, por outro lado, se o vale for amplo, pode ser muito grande a extensão das áreas afectadas.

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O nosso mundo em Notícias #27


Sonar aproxima baleias e morcegos
Golfinhos e baleias, no mar, e morcegos, em terra, têm afinal mais em comum do que se poderia pensar. Para caçar as suas presas e para se orientarem no espaço envolvente, estes mamíferos utilizam um sistema de sonar, mas a coincidência não se fica por aqui. De acordo com dois estudos hoje publicados na revista Current Biology, estas espécies tão diferentes partilham afinal o mesmo mecanismo molecular na base das suas capacidades de eco-locação. Esta coincidência, que os biólogos da evolução denominam convergência, vem mostrar que este fenómeno evolutivo não é afinal tão raro quanto se pensava.
Para chegar a este resultado, os investigadores estudaram nestas espécies a expressão de um gene que codifica uma determinada proteína num grupo de células do ouvido interno, e cuja função é amplificar o som.
A pesquisa realizada por investigadores da universidade norte- -americana do Michigan permitiu verificar a expressão daquele gene em cada uma das 25 espécies de morcegos e baleias estudadas. Depois, com base nessa informação, os cientistas construíram uma árvore evolutiva, considerando apenas aquele gene. Nestas "árvores", as espécies mais próximas são as que têm mais relação entre si, enquanto as mais afastadas partilham menos características. Na "árvore" para aquele gene específico, morcegos e baleias apareciam muito próximos. "Foi chocante", confessou o líder da equipa, Jianzhi Zhang, comentando a descoberta da sua equipa. Afastadas outras possibilidades de explicação, os investigadores concluíram pela partilha do mesmo mecanismo molecular.



Reflexão:
É uma notícia extremamente interessante do ponto de vista biológico! As várias matérias leccionadas durante o primeiro período lectivo estão aqui compiladas: evolução das espécies. Morcegos e Baleias, aparentemente tão diferentes, têm, a partir deste momento, mais em comum do que realmente se pensava! A sua evolução convergente faz com quem se aproximem. Além disso o facto de possuírem conjuntos de genes semelhantes também indicia algo. Neste momento, esperemos que se desenvolvam mais pesquisas deste género e se aprofunde ainda mais esta área tão promissora.

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