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15 Grandes Questões sobre Sismos #7


7. Onde foram os últimos grandes sismos no mundo?


O abalo sísmico mais mortífero de sempre ocorreu em 1556, em Shanxi, na China. Segundo relatos da época, terá provocado a morte a mais de 800 mil pessoas, embora tivesse magnitude estimada inferior a 8,0 na escala de Richter, que é logarítmica e mede a energia libertada. Para se perceber o que significa o aumento dos valores, refira-se que a magnitude 4,0 é equivalente a uma bomba atómica de Hiroxima; a 5,0 é equivalente a mais de 30 dessas bombas.


Já neste século, em 1976, a China foi atingida pelo segundo sismo mais mortífero de todos os tempos, em Tangshan, com número oficial de vítimas superior a 250 mil. Mas há estimativas que apontam para um valor mais elevado de mortos, superior a 600 mil. Curiosamente, este sismo também não foi dos maiores sempre, em magnitude (7,5) muito menos do que se calcula para o grande terramoto de Lisboa, em 1755, cuja magnitude é hoje avaliada entre 8,5 e 9,0. A catástrofe de Lisboa, em 1755, teve grande impacto no seu tempo, mas nem sequer está entre os dez sismos mais mortíferos da História. No actual século, em 2004, ocorreu a tragédia de Samatra, que matou 230 mil pessoas, sobretudo vitimadas pelo tsunami que se seguiu ao sismo. Pelo menos 1,7 milhões de pessoas ficaram sem casa e a onda afectou territórios distantes do epicentro, em várias zonas do Oceano Índico, da Índia ao Bangladesh, passando por Sri Lanka e Maldivas. O sismo de Samatra foi fortíssimo, de magnitude 9,1, o terceiro maior dos últimos cem anos. Também nesta década, destaque para o sismo paquistanês, de 2005, que matou 86 mil pessoas.


A devastação provocada nem sempre está ligada à magnitude. Nos últimos cem anos, houve apenas três sismos com magnitude superior a 9,0. Mas no sismo de 1952, em Kamchatka (9,1), na Rússia, não há sequer registo de vítimas. O recordista em magnitude continua a ser o de Valdívia, no Chile, em 1960, que atingiu uns espantosos 9,5 na escala de Richter, matando 1655 pessoas.
Reflexão:
A ocorrência de sismos marca gerações. São acontecimentos que não libertam as populações mesmo passados grandes períodos de tempo. Por exemplo, o sismo de Samatra, é ainda hoje recordado pelas populações mundiais. Não me recordo de todos os outros, no entanto, a tragédia de 2004 está bem presente na minha memoria, como certamente na de muitos cidadãos.

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