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O nosso mundo em Notícias #6


Rússia cresce depois de erupção vulcânica
DN, BRUNO ABREU 20 Novembro 2009



O maior país do mundo está ainda maior. Uma erupção no arquipélago das Curilhas aumentou o território russo em 4,5 quilómetros quadrados, depois de um sismo ter elevado o solo marítimo em três quilómetros quadrados. Os outros 1,5 são restos da lava. Portugal também já alargou a sua área graças ao vulcão dos Capelinhos, na ilha açoriana do Faial


Não era mesmo preciso, mas o maior país do mundo cresceu 4,5 quilómetros quadrados. Este "milagre da multiplicação da área" aconteceu na ilha russa de Sacalina, localizada na ponta mais oriental do país, no arquipélago das Curilhas. A erupção do vulcão Sarychev provocou um sismo que elevou uma zona de fundo marinho, convertendo-se numa extensão de três quilómetros de terra seca, ao qual se adicionaram os 1,5 quilómetros para onde a lava se estendeu.


O terramoto que provocou estas alterações geográficas remonta a 2007, como explicou Boris Levin, director do Instituto de Geologia e Geofísica do Extremo Oriente russo. Mas foi no dia 12 de Junho deste ano que o Sarychev entrou em erupção, expelindo uma abundante quantidade de lava que modelou este novo apêndice. A nova "língua" de terra permite à Rússia ganhar um pouco mais de terreno na lista dos países gigantes, que lidera sozinha desde que em meados do século XIX o império dos czares alcançou a sua máxima extensão com 14 fusos horários desde a Polónia ao Alasca, superando o tamanho da futura URSS.


O vulcão Sarychev encontra-se na ilha de Matua, que forma parte do arquipélago das Curilhas, que é reclamado pelo Japão. Agora aos 17 075 400 quilómetros quadrados que compõem a Rússia, é preciso acrescentar 4,5 quilómetros que, apesar de tudo, não compensam a perda de territórios após o desmantelamento da URSS.


Quase todos os estadistas russos enfrentaram a missão impossível de ampliar as fronteiras do estado e diminuir os descampados que distanciam as diferentes regiões. Se Alexandre III promoveu a construção do expresso Transiberiano (em 1981, para ligar os 9289 km que separam Moscovo de Vladivostoque), já Estaline aproximou a Sibéria de Moscovo, deportando milhões de cidadãos em vagões de carga. Por seu lado, Nikita Kruschev, que a partir de 1956 abriu as portas dos campos de trabalho estalinistas favorecendo o regresso dos deportados, gerou uma curiosa corrente em direcção oposta enviando milhares de jovens, entre 1954 e 1960, para desbravar as estepes virgens da Sibéria Ocidental e Norte do Cazaquistão, talvez pensando que, uma vez instalados aí, germinaria as sementes do comunismo agrário.


Actualmente, é o presidente russo Dimitri Medvedev que se vê com problemas relativos ao tamanho do seu país. Na semana passada, propôs no seu discurso anual, a diminuição dos 11 fusos horários que tem a Rússia, desde Kalininegrado a Vladivostoque. O objectivo é modernizar a economia do país. O presidente não deu detalhes de como a mudança será feita, mas especialistas propuseram a criação de quatro fusos horários. A alteração pode reduzir a diferença de sete horas entre Moscovo e o porto de Vladivostoque para apenas quatro horas. 


Reflexão:
A Rússia está cada vez maior. Este país, cresce quer territorial como economicamente. Estes fenómenos vêm dar-lhe ainda mais visibilidade. Os fenómenos geológicos de que foi alvo também já actuaram nos Capelinhos e fizeram com que se tornasse o que é hoje.
 


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