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Uma espécie muito pouco estudada

DN 15.11.2009

Depois da observação do primeiro animal morto, foram realizados dois estudos em Portugal sobre a marta, para avaliar o seu estatuto de conservação. No entanto, com o tempo e o dinheiro disponíveis, o trabalho foi essencialmente feito através de inquéritos orais e escritos. Houve um pequeno investimento para se falar com pessoas que tinham animais embalsamados e confirmar que havia realmente indivíduos encontrados mortos por atropelamento. "Apesar de a ocorrência da espécie ter sido validada, as estimativas populacionais têm alguma margem de erro", explica Margarida Santos-Reis. Recentemente, o recurso a métodos não invasivos de armadilhagem fotográfica têm permitido fotografar a espécie em áreas naturais do Norte. A aposta no estudo desta espécie é um risco grande, porque pode não dar origem a grandes resultados. "Pode demorar anos e ter custos elevados porque são animais nocturnos e solitários. O que foi feito até agora pode ser considerado um estudo preliminar. Por isso, a marta ainda surge no Livro Vermelho dos Vertebrados como uma espécie classificada como tendo "informação insuficiente". 

Reflexão:

Todos sabemos que a área da ciência é uma área afectada pela falta de orçamentos e pela fraca vontade de investir! É muitas vezes de particulares que parte a iniciativa de investigar uma espécie na qual há interesse biológico. A marta, vive essencialmente no norte e é por aí que se tentam arranjar mais informações sobre ela. Contudo, a colaboração popular nem sempre á agradável e acaba por se desistir de estudar algo que, praticamente á partida está extinto!